quarta-feira, 22 de julho de 2009

Qual o valor do conhecimento? A propaganda do Estadão e alguns dos conceitos de Chris Anderson autor de "Free: The Future of Radical Price"


Acompanhei, nos últimos dias, o lançamento da campanha do jornal O Estado de São Paulo para vender mais jornal! Nesta campanha, uma pessoa aparece questionando qual o valor do conhecimento e convida o telespectador a propor um valor para pagar o primeiro mês da assinatura do jornal e em contrapartida teria conhecimento.
No meu ponto de vista esta campanha é extremamente falha e expõe o jornal a uma posição de uma empresa que continua a ter uma administração típica de uma empresa "a moda antiga" totalmente cega e alheia as próprias notícias veiculadas em seu jornal, internet, bog, etc.
Abaixo, exponho as minhas razoes para esta posição:
1) Acredito que o jornal fornece notícias e não conhecimento. As definições que encontrei no Huaiss sobre estes tópicos são:
Conhecimento

■ substantivo masculino
-ato ou efeito de conhecer
-ato ou efeito de apreender intelectualmente, de perceber um fato ou uma verdade; cognição, percepção
Notícias
■ substantivo feminino
- informação a respeito de acontecimento novo, de mudanças recentes em alguma situação, ou do estado em que se encontra algo; nova, novidade
2) A empresa "O Estado de São Paulo" nesta propaganda, foca na venda do jornal ou seja do papel impresso com notícias. Bom, como leitor, ao menos do Estadão de domingo, acredito ser cada vez mais a pior mídia a ser focada. É cara, anti-ecológica, de alto custo de distribuição, extremamente perecível e seu produto final, não servirá nem mais para embrulhar peixe, pois é desaconselhavado pelo ministério da saúde.
3) Por último e para mim o mais importante, cada vez mais as pessoas estarão menos dispostas a pagarem por informações. Neste ponto suporto o meu ponto de vista em dois tópicos. O primeiro é sobre como as pessoas buscam suas conexões e suas informações já exposto aqui no mapa postado anteriormente. O segundo, compartilho com Chris Anderson, editor da Revista Wire e autor polemico do livro “Free: The Future of a Radical Price,” onde demonstra uma nova realidade de obtenção de informações em detrimento das novas tecnologias.
Meu ponto principal aqui não é criticar o Estadão, mas sim expor um caso real de empresas que ainda estão sendo administradas com focos em processos do passado totalmente antagónicos as novas necessidades do presente e do futuro.
O próprio Estadão fez uma entrevista com Chris Anderson que você pode conferir aqui ou ver outra no site da revista Wire.

Nenhum comentário:

Postar um comentário